Presidente do Senado afirma que governo Dilma “envelheceu”

"Do ponto de vista da aliança, não se resolveu nada, disse Renan sobre relação com Planalto Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira que o segundo mandato do governo da presidente Dilma Rousseff, com pouco mais de três meses, aparenta estar envelhecido e que relação com a base não foi solucionada.

“Eu acho que, do ponto de vista da aliança, não se resolveu nada”, disse Renan a jornalistas, que, assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento em um esquema bilionário de corrupção na Petrobras.Renan, que recentemente tem dado claras demonstrações de insatisfação com o governo, disse ainda que a “aliança” com partidos da base encontra “muita dificuldade”.

“A coisa da aliança, ela precisa ter um fundamento, esse governo parece que envelheceu. Mas isso aí é um outro assunto que está sendo tratado por uma outra instância do partido”, afirmou

Renan já vinha elevando o tom de suas críticas ao tratamento dispensado pelo governo ao PMDB e a demais aliados e chegou a classificar a coalizão de Dilma de “capenga”. O peemedebista, assim, como outros parlamentares, também reclamava do papel reservado ao Congresso pelo Executivo na hora de tomar decisões sem discussão prévia.

Na semana passada, em explícita sinalização ao governo, Renan surpreendeu o Executivo e devolveu a medida provisória 669, que tratava de desonerações tributárias para vários setores da economia, argumentando que não cumpria os preceitos constitucionais. A MP fazia parte do ajuste fiscal proposto pela equipe econômica para equilibrar as contas públicas.

Aliança
Nesta semana, diante da possibilidade de sofrer uma derrota no plenário do Congresso Nacional, o governo mudou de atitude e negociou com parlamentares um texto de uma medida provisória para reajustar a tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física.

A proposta prevê uma correção escalonada da tabela do Imposto de Renda, a partir de sugestão de aliados no Congresso, fazendo o governo abrir mão de mais de R$ 6 bilhões em receitas.

Renan, no entanto, tentou desvincular a mudança da abordagem do Executivo no caso da tabela do IR de uma melhora da relação do governo com a base aliada.

“Eu acho que são duas coisas distintas. Uma coisa é uma negociação no Congresso Nacional, produzindo uma medida provisória como consequência. E outra coisa é a aliança, que tem muita dificuldade”, disse Renan, admitindo que do ponto de vista institucional houve uma

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