Entidades apresentarão proposta de emenda coletiva ao orçamento 2013
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As
políticas públicas voltadas para assistência social, não deverão sofrer perdas
tão significativas quanto o projetado para 2013. Ao menos é o que esperam os
representantes de entidades sociais que participaram na manhã da última segunda-feira (29), na sala das comissões na Assembleia Legislativa, de uma
reunião ampliada promovida pela Frente Parlamentar Estadual da Criança e do
Adolescente.
O principal desdobramento do encontro foi a
formatação de uma proposta de emenda coletiva, a ser apresentada ao relator do
OGE 2013, José Dias. Emendas ao orçamento serão aceitas pelo relator até o dia
6 de novembro.
A intenção da força-tarefa liderada pela
Frente é de que uma emenda coletiva seja levada a plenário e aprovada para
garantir que as políticas sociais não sofram prejuízo ainda maior.
“Vamos tentar conseguir levar essa discussão ao plenário e garantir a aprovação
dessa emenda. O caos social deverá se instalar, caso os valores para
investimento sejam executados conforme a proposta inicial do governo enviada a
Assembleia Legislativa.”, afirmou a deputada estadual e presidente da Frente,
Márcia Maia.
A parlamentar, inclusive, apresentou dados de
um estudo realizado em que foi constatada a redução de orçamento para áreas
responsáveis pela gestão de políticas públicas, em especial, na área social. A
Secretaria Estadual do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas), por
exemplo, sofrerá um corte de 39,96% em relação a 2012. Uma queda de R$ 133
milhões para apenas R$ 80 milhões.
Os programas de qualificação profissional
podem sofrer um baque gigantesco em termos percentuais, com a perda R$ 4,4
milhões numa redução que chega a 83,34%. Os valores voltados para o
fortalecimento dos conselhos também foram alvos de corte numa redução de R$ 168
mil para apenas R$ 65 mil.
A Fundação Estadual da Criança e do
Adolescente (Fundac) também foi alvo de cortes, segundo o estudo. O orçamento
para 2012, que era de 43 milhões, caiu para 41 milhões. Em contrapartida, na
proposta do Governo do Estado para Assessoria de Comunicação os valores passam
de R$ 20 milhões Um crescimento de quase 60% em relação a 2012.
“Nenhum conselho pode funcionar à base de
pedido. É preciso orçamento próprio e suficiente”, afirmou Iêda Gomes,
representante do Consec. Para Sayonara Dias, do Comitê Estadual de
Enfrentamento à Violência, a batalha contra a exploração sexual e a violência
sofre um atentado com a redução orçamentária. “Precisamos investir agora e
rápido, caso contrário será um caminho sem volta”, ponderou.
Além de outros representantes do Consec e do
Comitê, participaram ainda o deputado Fernando Mineiro, Cibele Morais (Conselho
Estadual da Assistência), Márcia Guedes (Conselho Estadual da Pessoa com
Deficiência), Domingos Paulo (Adefern), Gustavo Barbosa (Casa Renascer) e Maria
Andrade (Unicef).
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