RN se destaca na redução da pobreza no Nordeste

Após o avanço no problema da fome, que segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) o Brasil reduziu em 82% a população considerada em situação de subalimentação, a meta do país é promover a qualidade nutricional e reduzir os índices ascendentes da obesidade. Para Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome este é o principal desafio para o Brasil na atualidade. Para isto, ela conta com ações educativas e divulgação midiática sobre o assunto.

Tereza Campello afirma que desafio, agora, é promover a qualidade nutricional e reduzir obesidadeTereza Campello afirma que desafio, agora, é promover a qualidade nutricional e reduzir obesidade

Na última semana, a FAO divulgou o Relatório de Insegurança Alimentar no Mundo de 2014. “Pela primeira vez o Brasil não é mais considerado um país com fome”, comemorou a ministra. De acordo com o relatório, o Brasil tem hoje 1,7% da população em situação de insegurança alimentar. Eram 14,8% em 1990. Quando o percentual da população subnutrida é inferior a 5%, as Nações Unidas consideram que o país superou o problema da fome. 

“Há 30 anos, a FAO vem acompanhando nosso país. É um orgulho para nós poder sair do Mapa da Fome. Inclusive, no relatório da FAO, o Brasil serve de exemplo para os outros países”, coloca. A ministra leva em consideração o sucesso nos índices que consideram a qualidade nutricional da população como garantia de bons resultados nas próximas campanhas. Segundo a ministra, desde o ano passado já acontece campanhas para educar a população na escolha de seus alimentos, paralisadas por causa das eleições, mas que pretende dar continuidade. Ela frisa ainda que a obesidade alcança todas as classes sociais, e não é uma consequencia do aumento do acesso à comida pelos “pobres”. “Havia o conceito que quando o pobre tivesse recurso para alimentação, só iria comprar porcaria. Mas não é bem assim. A obesidade não é na classe pobre, é em todo mundo, em todas as classes sociais”.
Outras questões que também estarão pautadas é a dificuldade no acesso à água, que o MDS procura resolver com programas de implantação de cisternas – no Rio Grande do Norte foram implantados mais de 61 mil equipamentos para captação de água, nos últimos dez anos. Além de provocar aos produtores de alimento a diminuição de ingredientes, como sódio, sal e açúcar, com o objetivo da qualidade alimentar.
Ela atribui o avanço a três fatores. O aumento da produção de alimentos, aliada a valorização do salário mínimo com aumento de valor acima da inflação. Também a maior oferta de empregos, e programas de transferência de renda, como o bolsa família. “O Brasil não tinha problema com a produção de alimentos. O principal problema era com o acesso aos alimentos”, pontuou. “A FAO destacou ainda oferta da merenda escolar. Alimentamos 4,3 milhões de jovens e adolescentes nas escolas, equivale a população da Argentina”. No Rio Grande do Norte, 725 mil são beneficiados pela merenda.

Questionada como o Rio Grande do Norte se apresentava neste relatório, ela disse que não tem como abrir os dados por estados. Mas, na avaliação dos diversos dados que compõe os índices, a avaliação do MDS é positiva e indica que o RN se destaca na região nordestina. Especialmente, na taxa de mortalidade infantil – que junto à taxa de nutrição compõe o indicador de saúde no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). No RN, segundo Campello, os índices superam os nacionais. O estado potiguar reduziu a mortalidade infantil entre 2003 e 2011 em 41,9%. No mesmo período, a redução, no Brasil como um todo, foi de 32%.

Dados do MDS revelam ainda que 620,2 mil pessoas deixaram a extrema pobreza, desde 2011 foram criadas mais de 41,8 mil postos de trabalho com carteira assinada, somente no RN. “Com certeza o Rio Grande do Norte contribuiu para a melhoria nos índices, e na própria região Nordeste o Estado se destaca”, declara.

Fonte: Tribuna do Norte

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