Estado lidera ranking de obesos no NE

Durante a vida ativa, uma minoria dos potiguares adota uma cultura de vida saudável e consegue reduzir o excesso de peso
Tribuna do Norte
Um pico de hipertensão enquanto dormia foi o sinal de alerta de que a saúde do jornalista Ilo José de França Aranha, de 28 anos, não vai tão bem. Com grau 3 de obesidade e 128 quilos - oito a menos do que no dia que foi socorrido ao hospital –, ele conta que a luta contra a balança ganhou peso, há cerca de um mês. A busca por uma vida mais saudável também tem sido a meta do representante comercial Gutemberg Palhares, de 45 anos, diagnosticado com obesidade mórbida, que já apresenta limitações de locomoção. 

Complicações em decorrência do excesso de peso são cada vez mais preocupantes no Rio Grande do Norte. O estado lidera o ranking da Região Nordeste com o maior índice de pessoas obesas e com sobrepeso, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, divulgada ontem pelo IBGE. A pesquisa foi feita em 64 mil domicílios em 1.600 municípios de todo o país entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014. 

O estudo mostra que 58,3% dos potiguares têm excesso de peso, enquanto 21,1% eram obesos no ano de referência da pesquisa. O Estado ocupa a oitava colocação e a 12ª posição no ranking nacional, quanto aos índices de excesso de peso e obesidade, respectivamente. Desde 2002, quando o IBGE começou a medir através de amostragem, os dados mostram uma evolução no problema de obesidade. E mais: refletem os riscos à saúde e os gastos em relação aos tratamentos dessa parcela de obesos - um prognóstico nada favorável à saúde pública. 

Entre os homens, a obesidade saltou de 9,3% em 2002-2003 para 17,5% em 2013, no país; enquanto, entre as mulheres, esse índice saltou de 14% para 25,2%. O crescimento desses índices é acentuado no Rio Grande do Norte, entre o público feminino. Aqui, 25,1% das mulheres são consideradas obesas, contra 16,6% dos homens.

Com excesso de peso desde criança e histórico familiar de doenças cardíacas, o jornalista Ilo Aranha conta que, até então, não tinha problemas de saúde. “Sempre fiz musculação, atividade física e reeducação alimentar, cheguei a perder 36 quilos há cinco anos, sem remédios. Mas sofro com o efeito sanfona”, afirma Ilo. 

Em dieta há quase um mês e com oito quilos a menos, ele aguarda uma bateria de exames médicos para voltar a atividade física. “Foi um susto. Não é uma questão de cuidar apenas da estética, mas de saúde”, conta. O representante comercial Gutemberg Palhares, de 45 anos, tem consciência que precisa de um tratamento rigoroso para controlar o peso. Com 192 quilos e 1,85 de altura, o IMC está acima de 46. O quadro de obesidade mórbida levou a hipertensão leve, já controlada, e doenças mais graves, como quadro de depressão. Palhares não cogita se submeter a cirurgia bariática. “A meta é a reeducação alimentar e a busca por um ritmo de vida menos acelerado”. 

Deficiência
O Rio Grande do Norte destaca-se em 2º lugar na Região Nordeste em percentual de pessoas com deficiência intelectual que frequentavam, em 2013, algum serviço de reabilitação e figurava como o 1º estado no Nordeste e o 2º no país onde a deficiência auditiva intensa/muito intensa impedia de realizar as atividades habituais de vida diária. 

O estado também apresenta a 3ª maior estimativa de pessoas com deficiência visual da região e, nacionalmente, ocupa a 9ª posição. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde também investigou a situação de pessoas com deficiências: intelectual, física, auditiva ou visual, se esta deficiência provocava alguma limitação para as atividades habituais e se o morador frequentava algum tipo de serviço de reabilitação. 

No país, cerca de 600 mil pessoas (0,3%) nasceram com esta deficiência, enquanto que 2,0 milhões (1,0%) a adquiriram por doença ou acidente

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